Com a retomada do crescimento da economia e da demanda por projetos de inovação tecnológica,a Finep pretende contratar neste ano 40% a mais em financiamentos em relação ao ano passado. De acordo com o diretor de Inovação da financiadora, João De Negri, o aumento irá impactar diretamente no índice de inovação das empresas.
Em 2011, foram contratados cerca de R$ 3 bilhões em crédito para projetos de inovação e mais R$ 2 bilhões em recursos não reembolsáveis para universidades e centros de pesquisa. “A Finep tem hoje uma carteira de demanda por novos projetos da ordem de R$ 12,4 bilhões. São empresas brasileiras de diferentes portes e tamanhos, com diferentes estratégias do ponto de vista do processo de inovação”, afirmou De Negri.
Ele explica que o elevado risco tecnológico e longo prazo de maturação dos projetos estão relacionados a uma economia em crescimento. Além do financiamento de produtos e processos inovadores, a Finep dispõe de outra ferramenta, o venture capital, ou capital de risco, voltado para o investimento em empresas emergentes.
“Não existe inovação sem ciência. As empresas que estão demandando hoje [financiamento para projetos] estão em sintonia com a academia e os institutos que produzem conhecimento voltado para a geração de emprego e renda”, afirmou. O apoio da Finep é destinado também a universidades e institutos de pesquisa que desenvolvem atividades que vão desde a pesquisa básica ao lote pioneiro, que é o primeiro lote do produto inovador.
Apesar de o país mostrar que tem potencial para o desenvolvimento tecnológico, De Negri considera que o Brasil ainda não se acha na fronteira da inovação tecnológica. Segundo o diretor, o governo autorizou a agência a trabalhar sem limite. “Quem quiser inovar pode vir à Finep que nós temos dinheiro para aplicar em inovação, em ciência”, garatniu.
Fonte: Gestão G&T - Brasília, 30 de agosto a 2 de setembro de 2012 - Nº 1173 - Ano 12