A Cúpula de Chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) anunciou a criação da Rede Mercosul de Pesquisa. A iniciativa foi proposta pelo Brasil durante a presidência pro tempore do bloco nos últimos seis meses. O anúncio foi feito durante a cerimônia de transferência de cargo entre Brasil e Uruguai na última sexta-feira (7).
A Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP), organização social supervisionada pelo MCTI ficará à frente da rede sul-americana. A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou que o bloco econômico avançou em questões importantes para o desenvolvimento das nações.
“Avançamos em ciência, tecnologia, inovação e mobilidade acadêmica, que são setores portadores de futuro, muito importantes para nós, porque aumentam o interesse e o envolvimento dos jovens dos nossos países no processo de integração regional”, relatou Dilma.
Durante o período em que presidiu o Mercosul, o Brasil focou suas ações na integração da ciência, tecnologia, inovação produtiva e capacitação. A presidente Dilma desejou sorte ao novo dirigente do bloco, Pepe Mujica, presidente do Uruguai. “Definitivamente, um novo Mercosul está em marcha”, disse. “Quero desejar sorte ao meu querido amigo, que assume a presidência do bloco neste momento cheio de desafios e de oportunidades.”
A presidenta informou que o bloco negocia o aperfeiçoamento do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem), criado em 2004 para financiar ações em benefício das menores economias da região. “O fundo tem uma carteira que supera US$ 1,1 bilhão. Ele tem contribuído para melhorias em setores como energia, habitação, transportes, incentivos à microempresa, biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.”
A RNP no Mercosul
Responsável pela concepção da Rede Mercosul de Pesquisa, a RNP desenvolve o projeto Infraestrutura Óptica Latino-Americana de Ciência e Tecnologia (Iolact). A ideia é interligar as redes acadêmicas dos 15 países membros da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedClara).
A Rede Mercosul de Pesquisa deve iniciar seus trabalhos pelo Uruguai, com integração de 14 núcleos de telemedicina e 29 campi universitários. Pelo lado brasileiro, há estrutura de cabos de fibra óptica até Bagé (RS). O próximo passo seria chegar à fronteira, no encontro de Santana do Livramento (RS) e Rivera (URU). O contato unirá a RNP à Red Académica Uruguaya (RAU).
O Paraguai permanece nos planos tanto do bloco quanto da rede, mesmo suspenso do bloco, por causa do processo de impeachment do presidente Fernando Lugo.
Quando instalada, a linha de transmissão pode servir de suporte para ligar com fibra óptica Foz do Iguaçu (PR) à capital paraguaia, Assunção. Além das brasileiras RNP e Telebrás, o projeto envolve a empresa Itaipu Binacional, a Compañia Paraguaya de Comunicaciones (Copaco) e a rede acadêmica Arandu.
Fonte: Agência Gestão CT&i de Notícias com informações do MCTI,Qui, 13 de Dezembro de 2012 14:57